Nestas considerações que faremos sobre o tema
JEJUM, observaremos quão necessário ele o é para a vida do cristão.
Em II Sm 12 - Davi jejuou e
orou para que Deus preservasse a vida de seu filho fruto do relacionamento
adúltero com Betseba. Deus não respondeu à oração nem honrou o jejum de Davi
naquele caso específico. Isso nos lembra que jejuar, não é uma garantia de que
obteremos o que desejamos de Deus. A oração fervorosa junto com o jejum muitas
vezes resulta na resposta que se busca de Deus, mas não é garantia absoluta.
Deus é sempre soberano para responder à oração e devemos sempre nos submeter à
Sua vontade. Algumas recomendações podem servir de auxílio na condução do
jejum: Procurar dedicar o máximo do tempo com o Senhor evitando distrair-se,
portanto louve-O, adore-O, ore a Deus e não jejue ouvindo noticiários na rádio,
assistindo TV, salvo se for uma pregação ou programa evangélico muito
importante. Coloque diante de Deus o propósito pelo qual está jejuando e qual o
prazo determinado para a finalização do mesmo. Vale lembrar que poderá haver
propósitos individuais ou coletivos (quando é proposto pelo Pastor ou Líder). Em
qualquer um dos casos, seja um agente para que o mundo espiritual seja
impactado.
Estudo feito pelo Ev. Lindolfo Lopes
Salientamos, porém que
não se trata de uma tese definitiva sobre o assunto, mas o propósito é de
buscarmos nas Sagradas Escrituras a orientação para esta prática, bem como sua
eficácia. Que o Espírito Santo trabalhe na vida de cada leitor nesse conciso
texto e o esclareça.
O jejum é a abstinência
total ou parcial de alimentos por certo período determinado, porém no âmbito
espiritual, vai muito mais além, desde que seja exercido corretamente.
O jejum é um dos mais
eficazes recursos espirituais. Relatos bíblicos nos mostram grandes vitórias
que vieram após períodos de jejum aliado a oração.
Em Zc 7.5 a Palavra declara a quem
devemos jejuar - a Deus e este é um princípio que não devemos nos esquecer
jamais. O jejum é uma forma de demonstrar a Deus a nossa grande necessidade da
Sua ajuda. Foi esse, um dos primeiros passos somado a busca ao Senhor que
Jeosafá executou para que obtivesse vitória contra os moabitas, amonitas e
meunitas, povos estes que se aliaram , formando uma grande multidão contra
Judá(II Cr 20). Obviamente a Bíblia nos mostra outros motivos pelo qual devemos
jejuar, que vai além da solução de causas que nos pareçam impossíveis. Em Mispa
o povo de Israel jejuou por arrependimento clamando o perdão de Deus (I Sm
7.6), da mesma forma fizeram também os ninivitas conforme capítulo 3 do profeta
Jonas, jejum este que abrangeu toda a população inclusive o rei, os
nobres e até os animais. Já em I
Sm 31.13 o jejum era um lamento de sete dias decorrente da
morte de Saul. Em Mc 9.29 Jesus ensinou aos discípulos que castas demoníacas só
sairiam com jejum e oração.
Há dúvida no meio
cristão quanto a duração do jejum e a bíblia não traz uma determinação de tempo
para o jejum, devendo ser administrado conforme a necessidade espiritual e o
objetivo pelo qual o jejum está sendo feito. A Bíblia nos mostra
diferentes períodos de tempo em que o jejum foi realizado, abaixo veremos
alguns.
Em Dn 6, o profeta é
lançado na cova dos leões e o Rei Dario jejuou a noite inteira ( do escurecer
até o dia clarear) e sono fugiu dele, a primeira luz da aurora ele foi com
pressa a cova ver se Deus livrara Daniel. Em I Sm 7.6 menciona o jejum de um dia (do nascer do
sol até o por do sol). Em Dn 10 vemos Daniel por três semanas completas em um
jejum parcial. Em I Cr
10.12 fala-se em sete dias de jejum. Jesus jejuou por quarenta dias e não comeu
coisa alguma e teve fome conforme Lc 4 - Não há nenhuma menção que Ele teve
sede, sendo mais provável ter sido efetuado um jejum parcial, haja vista a
bíblia nos mostrar que Jesus era 100% Deus e 100% homem e como tal sentiria
sede. Em At 9.9 vemos Saulo acometido de cegueira em um jejum total sem água e
sem alimento algum por três dias, segundo a medicina este é o período máximo
que devemos nos abster de água, sem que haja dano ao nosso corpo. Em At 27.33
há a referência sobre quatorze dias de jejum.
Voltando a indagação
contida em Zc 7.5 - Para quem está sendo destinado o jejum que tu fazes?
É realmente a Deus? Na Parábola do “fariseu e o publicano”, o fariseu tinha
transformado o jejum num ritual, confiando nos seus próprios atos (jejuo duas
vezes por semana e dizimo), enquanto o publicano clamava por misericórdia.
Jejum sem humilhar-se não tem valia, aquele que se humilha Deus o exalta.
Muitos recebem a “recompensa” humana por jejuar e mostrar aos homens que
jejuaram, mas quando jejuardes saiba que o Pai o vê em secreto tem recompensa
para você, isso é uma promessa viva de bênção àquele que jejua (Mt 6.16-18). Outra passagem que nos chama atenção é o
relato de uma viúva de 84 anos, seu nome Ana, uma profetisa que adorava o
Senhor em jejuns e oração, noite e dia no templo (Lc 2.37- Almeida Revista e
Atualizada). Pode-se então adorar a Deus com cânticos, palavras, oração,
mas jejuando também. Muitos irmãos procuram fazer um momento de adoração com
cânticos, mas poucos adoram a Deus com jejuns. Em João 4 nos mostra que o
Senhor procura adoradores e não adoração. Esta passagem traz outros
aprendizados consideráveis, como o local para jejuar. O templo será sempre o
melhor local, devido ao ambiente e a ligação contínua com o Senhor sem
embaraço algum, porém podemos realiza-lo em nosso lar ou no trabalho também.
Segundo ponto trata-se de uma vida de jejum constante, diferente do farisaísmo
ritualista, haja vista Ana ser uma adoradora.
O jejum não garante que a resposta daquilo que objetivamos. Estudo feito pelo Ev. Lindolfo Lopes
Excelente abordagem, tirou algumas dúvidas minhas. Isso é bíblia mesmo
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